COMO AJUDAR AS CRIANÇAS QUE TÊM MEDO DE BRUXA, FANTASMA, ZUMBI?

Oi, gente!!!

Todos nós temos medo de alguma coisa e, muitas vezes, é um receio sem sentido ou razão lógica. É natural que as crianças também sintam medo, ele é uma defesa instintiva, essencial para nossa sobrevivência. Ele nos alerta de um perigo, uma ameaça real, hipotética ou imaginária. Mas, muitos adultos desconsideram o direito dos pequenos terem medo, principalmente, quando ele não faz sentido para nós, como no caso de fantasma, lobisomem, zumbi, caveira, bruxa e monstro.

Esses medos costumam aparecer por volta dos 5, 6 anos e isso acontece porque o sistema emocional das crianças ainda não dá conta de compreender muito bem algumas informações recebidas. Então, essas imagens ficam armazenadas na sua cabeça, aparecendo de vez em quando para assustar, o medo se instala e a criança tem dificuldade em seguir tranqüilamente o seu dia a dia.

Nosso papel fundamental é entender e cuidar da fonte onde as crianças tem acesso a esses estímulos. Eles podem vir através de filmes, jogos de vídeo game ou atividades que são inapropriadas para a idade da criança. Para nós, fica claro que essas figuras não existem, mas para as crianças, que ainda estão desenvolvendo esta noção de fantasia e realidade, não está tão claro assim. Por isso a importância de considerarmos a classificação etária daquilo que oferecemos para os pequenos.

Quando o medo já se instalou, podemos ajudar cuidando da nossa reação, do respeito e empatia com o que a criança está sentindo. Ao rir e dizer que não é verdade, estamos desvalorizando a percepção das crianças, o que pode dificultar ainda mais a sua compreensão daquele medo.

Outro ponto de grande influência nessa conduta do medo é a coerência do que falamos. Dizer que a bruxa não existe quando a criança chora a noite, mas no dia seguinte dizer que a mesma bruxa vem pegá-la se ela não almoçar, ao invés de contribuir, dificulta ainda mais na redução do medo.

Com as crianças menores pode ser mais difícil reconhecer o que assusta. Nesses casos, vale tentar eliminar possibilidades como, por exemplo, questionar se ficar com a luz do corredor acessa ajuda a sentir menos medo. Demonstrando segurança, podemos entrar na fantasia das crianças e desenhar, criar uma história sobre a bruxa assustadora que se transforma em bruxa atrapalhada. Podemos amenizar o medo utilizando a imaginação e acrescentando o humor ou um final em que fique evidente o lado chato da história e o lado legal e corajoso. Isso tira a bruxa da realidade e a coloca no mundo das histórias, o que pode gerar uma simpatia da criança com esse personagem que tem medo.

É nessa experiência do brincar com algo assustador que o grande medo vai embora, deixa espaço para os pensamentos que ajudam e o coração se acalma, pronto para enfrentar os próximos desafios.

Com amor,

Ana Flávia Fernandes

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