4 DICAS PARA CASAIS SEPARADOS

A separação conjugal é um momento bastante delicado para todos os envolvidos, pois quando as pessoas se casam, elas se amam, querem ficar juntas, fazem planos em comum e não costumam pensar na possibilidade do divórcio. O desrespeito, brigas constantes, comunicação inadequada e muitos outros fatores podem contribuir para a separação de um casal. Enquanto esta separação é somente do casal, os desafios são menores, cada um junta os seus cacos e segue em frente.

O maior desafio é quando se tem filhos, já que mesmo separados, existe um elo(filho) que liga o pai e mãe para sempre.

Marido e mulher podem se separar, mas pai e mãe serão necessários para a criança por toda a sua vida. Então, quanto melhor for a relação do casal separado, mais saudável será o desenvolvimento do filho.

É natural que neste processo de separação os adultos se sintam feridos, magoados e muitos desafios podem surgir. Para auxiliar nesta jornada é importante cuidarmos para que a criança não se torne alvo de disputa ou depósito da frustração dos pais. Por isso, vou dar 5 dicas para evitar que essas situações aconteçam.

  1. Os filhos não devem viver a situação conjugal: muitos pais e mães costumam falar com os filhos sobre as situações que geraram a separação, por exemplo: “seu pai me abandonou…”, ou então, manifestar seu sofrimento para o filho “sua mãe é uma louca…”. Como conseqüência dessa atitude, vemos crianças na posição de juiz, ansiosas e com sentimentos contraditórios. As crianças já estão com suas próprias dificuldades sobre a separação dos pais, então, nosso desafio é transmitir somente o que diz respeito ao relacionamento entre pai e filho e mãe e filho.
  2. Um ex marido/esposa “ruim” pode ser um “bom” pai/mãe: podemos conversar com a criança sobre nossos sentimentos, mas devemos cuidar para não induzir o que ela deve pensar sobre o(a) pai/mãe. Ela está construindo uma nova relação com o(a) pai/mãe, por isso, devemos evitar ao máximo falar sobre atitudes do(a) pai/mãe na frente da criança. Ele(a) pode ter agido de forma inadequada no relacionamento amoroso, mas é pai/mãe. Se agir de forma inadequada como pai/mãe, o filho vai perceber quando tiver maturidade para isso.
  3. Não envie recados através do filho: se você está desconfortável para falar sobre algum assunto com o(a) pai/mãe use outras ferramentas como a mensagem de celular ou e-mail. Quando repassamos essa tarefa para o filho, colocamos eles em um lugar desconfortável de ter que tomar partido de um ou de outro. O que dificulta ainda mais a construção desse novo formato de relação com o(a) pai/mãe.
  4. Evite interrogatórios: quando o filho vai para a casa do(a) ex, assim como para qualquer outro lugar que não estavam juntos, é natural ter interesse pelo o que a criança fez, se ficou bem e se divertiu. Aqui o cuidado é com o excesso de perguntas para saber todos os detalhes. Ao agirmos dessa forma, a criança pode se sentir um espião e ficar ansiosa com o leva e traz de informações.

Colocar esse amor pelo filho em primeiro lugar, abre espaço para a conversa entre homem e mulher acontecer. Apesar de feridos, são capazes de perceber que o bem estar dessa criança é um objetivo em comum, porque existe algo mais importante acontecendo: o desenvolvimento completo de um filho amado pelos dois.

Quando isso acontece podemos ver crianças tranqüilas, seguras de que continuam sendo amadas pelo pai, pela mãe e capazes de se adaptar a novas situações de forma brilhante.

Com amor,

Ana Flávia Fernandes

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