FILHO DE PEIXE, PEIXINHO É

Por incrível que pareça, as pessoas nem sempre escolhem um comportamento humano em seu modo de agir. Algumas têm estilo filosófico, outras têm o estilo instintivo, mas poucas pessoas têm o estilo humano.

Estilo filosófico:

Este tipo de comportamento é reconhecido em pessoas que ficam pensando que tudo na vida se resolve com o tempo e esperam que o mundo a sua volta movimente-se para atendê-las. Essa pessoa se limita a esperar que o tempo ou alguém faça o que ela mesma poderia fazer.

Pai filosófico – é aquele que ao ver um filho brigando com o outro, ele pensa: “logo se cansam de brigar e continuarão a brincar”.

Filho do pai filosófico – ele espera que o pai venha lhe defender, caso contrário, ele chora e diz que nunca mais vai brincar com o irmão. Apesar de ter dentro de si a força da sobrevivência (capacidade de se defender, evitando uma briga), este menino pensa que pode morrer, caso não receba este tipo de cuidado do pai.

Estilo instintivo:

Nota-se este estilo de comportamento em pessoas que usam estratégias para saciar seus instintos mais primitivos. Para essas pessoas tudo é movido impulsivamente pela necessidade de sobrevivência e perpetuação da espécie. Vive em um ciclo repetitivo de necessidade – saciedade/ prazer – desprazer.

Pai instintivo – é aquele que ao ver um filho brigando com o outro, ele não pensa, prefere agredir fisicamente cada um dos filhos, usando a lei do mais forte.

Filho do pai instintivo – Manifesta sua agressão física para se defender do irmão mais velho. Este garoto ao ver o pai usando o recurso da violência, escolheu também usar seu instinto primitivo de agressão para sobreviver.

Estilo humano:

Este estilo busca a felicidade plena. As pessoas que adotam este tipo de comportamento integram a sua capacidade intelectual e criativa para organizar a saciedade dos instintos, buscam novas formas de solucionar problemas, superam conflitos e transformam o meio ambiente em busca de melhorias para ter qualidade de vida.

Pai humano – é aquele que ao ver um filho brigando com o outro, é capaz de separar a briga e conversar sobre o que está acontecendo, intermediando possíveis soluções e educando-os a se tornarem afetivamente autônomos. Quanto mais competente o pai for, menos os filhos serão dependentes dele, e o vinculo afetivo será eternamente mantido em nome da relação saudável entre as pessoas.

Filho do pai humano – diferente dos animais que brigam para saciar suas necessidades, o filho do pai humano, estará preparado para se relacionar sem buscar mais poder do que necessita para sobreviver. Não precisará “destruir” para permanecer vivo.

Veja, o que comanda a inteligência e criatividade é a nossa mente. Todos os seres humanos possuem o livre arbítrio de escolher usá-la para o bem ou para o mal.

18 de abril de 2013
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