POSTURAS QUE AJUDAM A DESENVOLVER A AUTOCONFIANÇA NOS FILHOS

Algumas crianças apresentam um excesso de medo, insegurança e ansiedade. Demonstram grande dificuldade em agir, falar, tomar uma iniciativa, solucionar problemas e desistem facilmente diante de alguma pequena frustração. Em muitos casos o ritmo diferente das outras crianças ou uma dificuldade escolar, geram criticas e julgamentos. Essas informações vão criando uma percepção negativa sobre a imagem que a criança tem de si mesma e sobre sua capacidade de aprender. É possível ajudar. Cuidar desse processo de construção da autoestima e autoconfiança dos pequenos exige de nós algumas posturas que contribuem muito para que as crianças se tornem mais seguras, autoconfiantes e felizes.

A segurança e a confiança de uma criança está associada com a sua autoestima, que começa a ser desenvolvida quando ela ainda é um bebê. Os cuidados e carinhos que vai recebendo dos pais é que vão mostrando que ele é amado, cuidado e respeitado. É a partir desse valor que recebe dos pais que a criança vai construindo o seu valor. Por isso, é tão essencial:

Dar espaço para que a criança possa viver seus próprios sentimentos. Isso significa estar junto, acolher o que a criança sente como sendo algo importante e ajudá-la a se expressar de maneira socialmente aceitável. Não é feio e nem errado ficar ansiosa, triste, com medo ou raiva. O que deve ser corrigido é a forma inadequada de expressar esses sentimentos, como, por exemplo, roer as unhas quando está ansiosa.

Aceitar a criança como ela é, mesmo que isso não vá de encontro com as expectativas dos pais. Para os pais fica claro que sentem um amor incondicional pelo filho. Não precisam de condições, basta a sua existência para ser amado. Já a criança acredita que só quando agradar os pais estará garantindo o amor deles por ela. O grande desafio é assegurar para a criança que ela não precisa fazer ou ter algo para ser amada, mesmo que os pais reprovem um comportamento dela, o amor continua existindo, ele está preservado.

Não rotular a criança pelo seu comportamento. Pai e mãe podem julgar o que a criança faz, mas não o que ela é. Na tentativa de entender o comportamento inadequado da criança, muitos pais dizem “você é muito ansiosa, tira o dedo da boca, pare de roer as unhas!”. Todas as vezes que recebe esse rótulo a criança vai confirmando que agindo daquela forma será reconhecida e percebida pelos pais. Porque essa é uma necessidade da criança, existir na família. Então, antes de rotular, é importante pensarmos o que aquele comportamento está contando e ver se tem alguma necessidade da criança que não está sendo atendida.

Brincando é possível ensinar o seu filho a ser mais seguro e confiante. É importante que os pais vejam o brincar e o jogar como um momento para o aprendizado real do ganhar e do perder, do vivenciar a felicidade e a frustração sem se desestruturar psicologicamente. Procure alternar as brincadeiras em atividades que ora os filhos são bons e ora os pais são melhores. Essa é uma boa oportunidade para ensinar também que podemos ser bons em algumas coisas, mas não precisamos ser bons em tudo.

O grande desafio dos pais é criar oportunidades para que os filhos experimentem comportamentos novos. Experimentar é treinar essas habilidades em uma condição adequada ao nível de desenvolvimento de cada criança. Estar próximo para juntos encontrar as soluções para qualquer novo desafio que possa surgir durante essa jornada de aprendizado.

Com amor,

Ana Flávia Fernandes

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